MP pede prisão preventiva de trio investigado pela Polícia Civil

Presos em junho, durante a Operação Pedestal, deflagrada pela Polícia Civil e Departamento Estadual de Trânsito (Detran), um trio responsável por um esquema criminoso de roubo e desmanche de veículos na capital teve a prisão preventiva solicitada “com máxima urgência” pelo Ministério Público do Estado (MPE-AM). Na operação, foram localizados nove veículos e dezenas de peças de outros já desmontados, além de 8,5 mil provenientes do crime.
 
O material foi localizado em uma oficina de desmanche que funcionava no bairro de Flores, zona centro-sul, e em uma residência em um condomínio de classe média alta, no bairro Tarumã, zona oeste, onde automóveis roubados pela quadrilha também eram desmontados. A investigação é da Delegacia Especializada em Roubos e Furtos de Veículos (DERFV). Até junho, a unidade policial já desarticulou oito oficinas de desmanche de carros roubados na capital.
 

Conforme o delegado Cícero Túlio, titular da DERFV, a operação teve por objetivo desarticular o desmonte ilegal de veículos com restrição jurídica, alienados a instituições bancárias, roubados ou furtados, além de coibir a venda ilícita das peças desses veículos desmontados. Na ocasião, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão em estabelecimentos comerciais, depósitos de veículos e residências.

Foram presos Barbosa Nascimento dos Santos, 43, e os irmãos Rogerio Ramos de Holanda, 40, e Roseane Ramos de Holanda, 32, por associação criminosa, adulteração de sinais identificadores de veículos automotores, estelionato e associação criminosa. Outas duas pessoas foram indiciadas por participação nos delitos supracitados.

Ao solicitar a prisão preventiva do trio à Justiça, o MP destacou o envolvimento no esquema criminoso de roubo majorado, receptação qualificada, estelionato e adulteração de sinal de veículo automotor. O parecer é assinado pela promotora de Justiça, Lilian Nara Pinheiro de Almeida, e foi feito à 4ª Vara Criminal.

Em sua justificativa, a promotora alega que os três acusados destruíram e ocultaram provas dos crimes após o líder da quadrilha, José Sampaio de Souza Júnior, o Júnior, ter tido a prisão preventiva solicitada pelo órgão, que também solicitou busca e apreensão em imóveis que seriam utilizados pela organização.

Foragido – José Sampaio de Souza Junior segue foragido da Justiça. Ele é o proprietário da loja no bairro Flores, onde as peças de veículos desmontados eram revendidas.

“Ele (Juninho) já foi preso por receptação em 2011, no momento em que estava realizando a compra de um veículo roubado. No ano passado ele também foi investigado em razão de delitos como estelionato e receptação. Agora ele encontra-se foragido”, enfatizou Cícero Túlio.

Quem tiver informações sobre o paradeiro de Junior pode denunciar anonimamente ao 181 ou entrar em contato com a DERFV através do telefone (92) 3216-7312 e pelo WhatsApp (92) 99962-2442. A unidade policial fica na avenida Nilton Lins, 345, bairro Flores.