No dia dos Namorados, casais da segurança pública falam sobre relacionamento e profissão

Eles compartilham a disciplina, os mesmos ideais, o juramento para salvar vidas e cumprir a lei. Os casais da segurança pública têm em comum não somente o amor e dedicação pela profissão e à instituição, mas também uma relação baseada em cumplicidade e companheirismo. Neste 12 de junho, Dia dos Namorados, fomos atrás de algumas histórias de amor da segurança pública.

Juntos há 11 anos, o casal de delegados da Polícia Civil do Amazonas, Rita e Thiago Tenório, conheceram-se em 2008, em Alagoas, quando ela era investigadora de polícia e ele advogado. Descobriram o objetivo comum de fazer concurso e estreitaram a relação. O casal então somou a disciplina e inteligência e, durante seis meses, se dedicaram para o concurso do Amazonas.

“Na época, só tinha Orkut como rede social e começamos a nos comunicar. Ela já estudava e me incentivou a me dedicar. Depois que ela passou em um concurso federal e eu não, ela me chamou atenção, e começamos a nos dedicar. Foi quando o relacionamento ficou sério. Costumamos dizer que não tinha briga, a gente discutia direito, ela me incentivou muito, abrimos mão de praia, diversão, eu abri mão de alguns clientes, eu vivia da advocacia, muito por conta da força e do incentivo dela. Quando passamos no concurso, nos mudamos para Manaus e nos casamos”, relatou Thiago.

Segundo Rita, a mudança de cidade, cultura e distância da família foi muito difícil, mas todas as dificuldades foram aplacadas com o companheirismo. Eles ressaltam que a administração da Polícia Civil sempre compreendeu a vida de casal e, como pais de um menino de 6 anos e uma menina de 2 anos, Rita e Thiago se revezam entre a rotina policial e os cuidados com filhos.

“Graças a Deus conseguimos administrar a rotina de policial, pais e família e também como casal, somos muito realizados na profissão que escolhemos”, afirmou a delegada.

Conhecidos como ‘Casal 20’, os sargentos do Corpo de Bombeiros Rayan e Waldira Oliveira, se conheceram em 2006, quando eram alunos soldados. Ela era atendente do Centro Integrado de Comando e Controle (Ciops) e se falaram pela primeira vez durante atendimento de uma ocorrência. Após o primeiro contato, eles seguiram conversando durante um ano, até engatarem um relacionamento sério.

“Ele me viu primeiro quando eu estava em forma no pátio do quartel, namoramos durante três anos e depois casamos. O que torna a gente diferente para muitos casais é porque fazemos tudo juntos, desde o concurso interno para sair Cabo, até os treinamentos, especialização, tudo que ele faz eu faço, então tem todo um companheirismo e relação de cuidado”, explicou Waldira.

Pais de uma menina de cinco anos e juntos há 13 anos, durante o trabalho do casal de bombeiros em atendimento de ocorrência, o que marcou a dupla foi um incêndio de grandes proporções ocorrido em 2012 no bairro São Geraldo. No trabalho para apagar o fogo, eles sempre se preocupavam e procuraram um ao outro.

“Quando a gente parava, ficávamos procurando um ao outro, até porque era algo grande e perigoso, que atingiu varias casas, então a gente não tinha o visual de todo mundo que estava na ocorrência e assim como todos os cursos que fizemos, sofremos e aprendemos juntos, sempre fomos uma dupla”, afirmou a sargento.

Lado a lado no trabalho – Juntos há 26 anos, o subtenente da Polícia Militar do Amazonas André Luiz e a 1ª Sargento Acineide Oliveira se conheceram na adolescência, durante no ensino médio e em dezembro de 1992 oficializaram o relacionamento. Pais de um casal de 22 e 26 anos.

Atualmente eles trabalham no gabinete do subcomandante geral da Polícia Militar. “Na verdade nossa história de vida é quase toda dentro da PMAM, temos muito a agradecer a Deus e tudo que construímos fruto de nosso trabalho. Cada dificuldade nos faz amadurecer e fortalecer a certeza de seguimos juntos e fortes”, disse a sargento.

Sobre o trabalho no mesmo local, o subtenente disse que o profissionalismo impera. “É sempre bom estarmos juntos, então quando estamos de serviço somos os profissionais e, o relacionamento, graças a Deus, procuramos aproveitar ao máximo possível. Gostamos de estar com nossos filhos, agradecendo sempre a Deus, todo bem estar e amor que ele nos proporciona”, finalizou André Luiz.