Polícia Civil do Amazonas prende homem apontado como principal executor da morte de coletor de lixo

Crime ocorreu na terça-feira (26/04), no bairro Japiim, zona sul de Manaus.
(Foto: Anderton Cardoso e Erlon Rodrigues/PC-AM)

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), deflagrou, na quinta-feira (05/05), por volta das 11h, ação policial que resultou na prisão de Fábio Alexandre Lira dos Santos, 28, conhecido como “Negão”, apontado como principal executor da morte do coletor de lixo Aldenir Rodrigues Castilho, que tinha 25 anos, ocorrido na terça-feira (26/04), por volta das 19h30, no bairro Japiim, zona sul de Manaus.

O infrator foi preso em um sítio de familiares, localizado no quilômetro 5, da rodovia federal BR-174, onde estava escondido.

Durante coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (06/05), no prédio da DEHS, zona leste, o secretário de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), general Carlos Alberto Mansur, destacou que a prisão do indivíduo é uma pronta resposta das forças de segurança pela morte do trabalhador, bem como à criminalidade.

“Colocamos à disposição da DEHS todas as ferramentas disponíveis da SSP-AM, a fim de elucidar esse crime o mais rápido possível, e obtermos respostas sobre esse caso que causou grande comoção”, ressaltou o secretário.

Na ocasião, o delegado Ricardo Cunha, titular da unidade especializada, informou que no dia do crime, Aldenir estava trabalhando no bairro Japiim, momento em que Fábio Alexandre, na companhia de Ewerthon da Silva e Silva, 38, preso pela polícia, estava cometendo roubos naquela localidade.

Conforme a autoridade policial, a vítima não havia percebido que estava acontecendo a ação criminosa e continuou trabalhando, ocasião em que Fábio efetuou um disparo de arma de fogo contra ela, que não resistiu aos ferimentos e foi a óbito. Em seguida, Fábio entrou em um veículo que era dirigido por Ewerthon e fugiu. O fato criminoso foi registrado por câmeras de segurança das proximidades.

“Logo que tomamos conhecimento do fato criminoso, entramos em campo a fim de identificar os autores. Utilizamos de ferramentas que nos auxiliaram na rápida identificação dos indivíduos, e dois dias após o crime, efetuamos a prisão de Ewerthon da Silva e Silva, no bairro Cidade Nova, zona norte de Manaus. Era ele quem conduzia o veículo utilizado na fuga”, detalhou Cunha.

Após a prisão de Ewerthon, durante depoimento, ele apontou que o atirador seria uma pessoa conhecida como “Negão”. Após esse relato, foi verificado em um banco de dados que o indivíduo possivelmente tinha o nome de Rafael, no entanto, denúncias realizadas ao 181, informavam que o autor do crime se tratava do irmão desse indivíduo, Fábio Alexandre.

Prisão 

Segundo o titular da DEHS, foi solicitado à Justiça pelo mandado de prisão em nome de Fábio Alexandre, e após a ordem judicial ser expedida, os policiais seguiram em busca do infrator e efetuaram sua prisão em um sítio na BR-174.

“Em depoimento, ele disse que atirou em Aldenir após se assustar com o grito de uma outra pessoa, e assim acertou o trabalhador, mas reforçou que não queria machucar ninguém”, contou Cunha.

Extensa ficha criminal 

Flávio já possui diversas passagens pela polícia pelos crimes de roubo, tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo e, também, estava utilizando tornozeleira eletrônica, a qual rompeu para cometer esse crime.

De acordo com o delegado, o infrator ainda teria tentado se livrar das vestimentas que usou no dia do delito, chegando a queimar a camisa (que aparece nas imagens das câmeras de segurança próximas ao local). As equipes seguem em busca da arma de fogo.

“O caso está praticamente elucidado, em menos de 10 dias conseguimos efetuar a prisão da dupla criminosa e dar uma resposta imediata à população. Reforço que seguimos trabalhando arduamente na resolução dos crimes que acontecem no Amazonas”, afirmou Ricardo Cunha.

Procedimentos 

Fábio Alexandre foi indiciado por homicídio. Ele será conduzido à audiência de custódia na Central de Recebimento e Triagem (CRT), onde permanecerá à disposição do Poder Judiciário.